Tribuna
Texto: Wellington Serrano
“Queremos comprar o edifício para sediar a Orquestra Sinfônica Nacional da UFF e fazer ainda no local um espaço multiuso, com cinema e centro cultural. Temos recursos para isso, com aval da Caixa Econômica Federal”, informou Roberto Salles.
O mercado imobiliário especula que o imóvel tenha o valor de R$ 30 milhões. Um valor considerado alto se comparado por valor venal que é o que foi gasto na construção do imóvel mais o valor estimado do terreno, baseado em sua área e o seu valor histórico. Atualmente, o espaço pertence a uma empresa privada.
Diante do interesse da UFF o grupo privado que estava interessado no espaço recuou do projeto do hotel. O presidente do Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção Niterói, Carlos Krykhtine, defendeu a aquisição pela UFF do espaço. “A fachada do prédio é tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), que embora provisório, é lei e deve ser respeitada”, ressalta o presidente.
De acordo com o vereador Leonardo Giordano, se o espaço for da UFF, os preços dos eventos serão mais baixos e os espaço vai ser público. “Até que a coisa esteja certa vamos garantir manifestações e encerrar este debate, pois entendemos que o Cine Icaraí é patrimônio da cidade e faz parte da memória afetiva dos niteroienses”, defendeu o petista.
Giordano recorda das manifestações que promoveu, inclusive na legislatura anterior, quando também ocupou cadeira na Câmara como suplente.
“Com a parceria do grupo Araribóia Rock promovemos shows em frente à entrada do cinema. No tapume que havia grafiteiros fizeram desenhos em defesa da cultura e do cinema. Também exibimos vários filmes”, recordou Giordano.
