sábado, 5 de fevereiro de 2011

Prefeitura a Lenha, Servidores Incompetentes

Conto aqui uma historinha de um amigo que vou manter anônimo, também não vou colar o email dele inteiro aqui por ser muito longo e precisar de edição para que não se possa identificar.

Conta ele que, em 2004, por incúria e inépcia de um vereador (que nem podia ser vereador por ser filho do dono de uma concessionária de serviços públicos de transporte) palpitando sobre o trânsito, seu negócio de 5 anos de sucesso subitamente se viu em dificuldades .
Com isso teve que prorizar as despesas e parou de pagar o IPTU nos anos de 2004, 2005 e 2006 (quebrando por fim em 2006, quando alugou o imóvel comercial, de sua propriedade). 
Em início de 2008 ele parcelou o débito, eram 3 parcelamentos com datas de pagamento iguais e valores semelhantes. 
Conta ele que pagava religiosamente os compromissos sempre na data certa. 
Só que após 8 parcelas pagas,  seu inquilino informou-o  que estava tendo dificuldades de tirar o alvará por que constava uma dívida com a prefeitura, era um dos parcelamentos que aparecia como se só a primeira parcela (que se faz no ato do acordo) tivesse sido paga! 
Ele tinha todos os  comprovantes de pagamento e após aquela maratona de má vontade típica de que não  tem medo de perder o emprego, conseguiu abrir um processo na prefeitura para reconhecer os pagamentos.
Continuou então a pagar sempre na data até o fim dos parcelamentos em meados de 2009.
Em Janeiro de 2010 nova surpresa, ainda constava uma dívida na matrícula de seu imóvel, da parcela 9 à parcela 25 do mesmo parcelamento que já havia apresentado problemas antes!
Cheio de paciência ele se encaminhou ao cartório da dívida ativa para a apresentação da documentação. 
Como reside fora de Niterói, na região Serrana, chegou bem cedo ao cartório que tem expediente das 9 às 16:00 para apresentar a documentação. 
Triste surpresa o o aguardava. 
A mulher, única na repartição com acesso ao computador onde estavam os dados, só chegava ao trabalho ao meio dia!
Depois de se fazer um pouco de vítima, ele tem um problema de locomoção, conseguiu que alguém coletasse as cópias da documentação para a abertura do processo.
Em Julho de 2010 nova surpresa, seu inquilino continuava com problemas para o alvará por que a dívida ainda aparecia no sistema.
O coitado voltou lá e de novo apresentou as cópias da documentação, mas aquela mulher, a única com a senha do computador onde se abre os processos, ainda não havia chegado; como boa funcionária 'pública' com padrinhos poderosos,  ela continuava só chegando após o meio dia. Mesmo assim a documentação foi deixada no cartório e de novo nada foi feito.
O pobre diabo teve que retornar em setembro para uma nova abertura do  processo,  e de novo a sacripanta ainda não havia chegado, era antes do meio dia. Um funcionário mais graduado, um tal de Brondi, então recebeu meu amigo e coletou novas cópias dos comprovantes, muito atencioso e gentil, guardou-os e entregou à funcionária gazeteira abrindo enfim o processo.
Janeiro de 2011, um fiscal da Sec. de Posturas foi à loja localizada no imóvel do meu amigo e intimou a empresa a apresentar em até 10 dias  a quitação de todos  os  débitos com a prefeitura. Quase seis meses haviam passado sem que o processo se resolvesse, ou mesmo andasse!
De volta ao cartório foi escorraçado pelo anteriormente gentil Brondi, que o esculachou em frente a outras pessoas como se íntimos fossem! 
Sabendo bem que 'Passarinho que come pedra, sabe o cu que tem', meu amiguinho engoliu em seco as ofensas e partiu para onde o processo se encontrava.
Secretaria da Fazenda, no arrasado prédio antigo da prefeitura, que parece que Jorge quer que apodreça, apesar de tombado, para virar mais um espigão.
Lá foi atendido pela assoberbada mas atenciosa (mesmo) Roseli, coitada. 
Encarregada de analisar a  documentação, confessou que só o faz quando pressionada pelo  contribuinte, já que lhe param nas mãos dezenas de processos como o do meu camaradinha, quase todos originários em falhas de processamento de dados da própria prefeitura.
No caso desse´parcelamento o problema era uma numeração errada, e a não impressão de um dos boletos de parcela, a 25, que realmente não fora paga já que o boleto não havia sido impresso, e nona parcela, que por erro do banco (Bradesco) foi estornada no dia  seguinte a cobrança gerando uma dívida de R$ 86,00.
Mesmo assim ainda foi necessária uma semana de espera e mais confusão e humilhação no cartório!
Assim funcionam as repartições públicas, entupidas de 'servidores' incapazes e apadrinhados pela corja de vereadores sujos  que mandam e desmandam na cidade!

E tome Jorge!

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